Nesses debates atuais, me parece que a maioria que opina sobre a Secretaria (Ministério) da Cultura não tem muita noção do que realmente se trata.
A esquerda quer voltar a dominar o Ministério da Cultura porque ele é uma máquina monstruosa de propaganda política, de doutrinação ideológica e de escoamento de dinheiro para a “causa”. Não tem nada a ver com cultura.
Além de seu núcleo central, composto por órgãos como o Gabinete, a Secretaria-Executiva, a Consultoria Jurídica, a Assessoria Especial de Controle Interno e o Departamento de Assuntos Internacionais, o Ministério possui seis secretarias:
1 – Secretaria de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual;
2 – Secretaria da Diversidade Cultural;
3 – Secretaria do Audiovisual;
4 – Secretaria da Economia Criativa;
5 – Secretaria de Infraestrutura Cultural;
6 – Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura.
Ainda há quatro fundações ligadas ao Ministério da Cultura:
1 – Fundação Casa de Rui Barbosa;
2 – Fundação Cultural Palmares;
3 – Fundação Nacional de Artes (Funarte);
4 – Fundação Biblioteca Nacional.
E também há três autarquias:
1 – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan);
2 – Instituto Brasileiro de Museus (Ibram);
3 – Agência Nacional do Cinema (Ancine).
Mas espere, ainda há mais coisas. O Ministério da Cultura possui quatro órgãos colegiados:
1 – Conselho Superior de Cinema;
2 – Conselho Nacional de Política Cultural;
3 – Comissão Nacional de Incentivo à Cultura;
4 – Comissão do Fundo Nacional da Cultura.
Mas espere, não passe ainda seu cartão de crédito, porque com tudo isso você ainda leva gratuitamente mais quatro escritórios regionais, destinados aos apoios logísticos das ações do Ministério da Cultura:
1 – Escritório Norte;
2 – Escritório Nordeste;
3 – Escritório Sul;
4 – Escritório Sudeste.
Mas espere mais ainda, porque quase me esqueci de citar as fundações culturais ligadas à iniciativa privada, as quais procuram o Ministério da Cultura oferecendo suas estruturas físicas e operacionais para eventos conjuntos.
Quem compreende a monstruosidade dessa estrutura – e as transformações de mentalidade que ela é capaz de operar, e, consequentemente, de intenção de voto – a quer para si a qualquer custo. Atualmente, quem melhor entende tudo isso é, infelizmente, a esquerda.