Parasitas estatais

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Um dos grandes preconceitos que afastam o tema “monarquia” do cotidiano brasileiro e causam uma certa rejeição por pessoas que ignoram o assunto é a ligação que fazem entre o regime monárquico e o absolutista e com a forma patrimonialista de administração pública, embora nos dias atuais temos muito mais essa utilização do que é público para saciar vontades pessoais do que quando tínhamos uma família real.

Mesmo elegendo Jair Messias Bolsonaro temos diversos concursados e eleitos agindo de uma maneira a utilizar o aparelho estatal para beneficio próprio como se fosse um rei absolutista, e dia após dia isso tem sido combatido na esfera federal pelo Planalto como um verdadeiro câncer de nossa nação. Só restam elogios ao novo governo Bolsonaro que vem combatendo de forma heroica esse comportamento enraizado por anos e anos de uma administração patrimonialista.

Os fatos históricos refutam quem critica tanto o sistema monárquico tendo em mente o sistema absolutista e não percebe que no período em que tínhamos uma família real esse tipo de comportamento já era combatido até com mais intensidade do que hoje tem sido feito com grande esforço pelo nosso atual presidente, porém esse combate se tornou muito mais difícil nos dias atuais devido a série de ferramentas de controle que foram retiradas por interesses ocultos.

Para fazer você entender melhor, vamos explicar de forma breve alguns conceitos e listaremos alguns exemplos dessa prática que confunde o que é do povo para utilizar o bem público de forma a atender vontades particulares de eleitos e funcionários de carreira também.

Para o esclarecimento, precisamos entender primeiro o conceito de administração pública, que nada mais é que o aparelho do Estado orientado previamente para a realização de seus serviços, ou entrega de bens visando a satisfação da população, sendo que a sociedade sustenta o Estado financeiramente esperando receber uma série de bens e serviços em troca, e este será administrado por um eleito por esse povo que tomará uma série de decisões políticas visando a satisfação dessa sociedade.

O aparelho do Estado é necessário para realizar a conversão de decisões políticas em bens e serviços e ele é composto por um conjunto de agentes e órgãos que devem se organizar de forma a realizar essa conversão. O que aqui denunciamos é que hoje muitos destes agentes e órgãos se organizam da forma menos benéfica: a patrimonialista.

Um dos modelos teóricos da administração pública é a forma patrimonialista, que vem do modelo de Estado Absolutista, mas apesar disso podemos perceber que é uma das formas que são praticadas nos dias atuais da república.

Note o que diz Bresser-Pereira e veja se não vem à sua mente um um prefeito ou governador: “O patrimonialismo significa a incapacidade ou a relutância do poder absolutista em distinguir entre o patrimônio público e os seus bens”.

Se aqui já não pensou em um servidor ou eleito a algum cargo onde ele utilizou carros e máquinas da sua prefeitura, ou governo para fins particulares não sei em que mundo vives, mas tem mais… “A administração patrimonialista é caracterizada pela dificuldade de definição do que venha ser o patrimônio público e o privado, o que pode permitir a proliferação de nepotismo e de corrupção”.

Ah, se agora você não lembrou dos presidentes passados, onde seus filhos enriqueceram da noite para o dia e dos maiores casos de corrupção já descobertos no mundo aqui no Brasil eu já digo que você não está em sua sanidade completa.

Vale ressaltar que os modelos de administração não são uma coisa isolada do contexto da sociedade na qual ela está inserida, e em toda a história houve alterações de acordo com as necessidades, mas de forma conservadora – é claro! Porém quando partidos de cunho esquerdistas chegaram ao poder, eles deturparam e fizeram de tudo para utilizar para seu beneficio próprio e perpetuação no poder.

Podemos concluir que uma vitória como a da eleição presidencial por Bolsonaro foi apenas o primeiro passo para arrumarmos nossa casa. As eleições de 2020 estão batendo à porta para tirarmos os absolutista da política e colocar quem tenha decência e zelo para o que é público e saiba diferenciar de forma que não se utilize como se fosse seu e sim como de fato é, de todos nós!

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