Acompanhando o que se passa no Brasil desde o Reino Unido, vejo com algum ceticismo o papel do que qualificamos como “direita” no Brasil em relação à atuação de Bolsonaro e servidores de seu governo – como o Sec. Esp. Roberto Alvim, por exemplo – em alguns temas pontuais.
Em alguns casos, percebo uma certa precipitação – talvez para passar uma postura de “neutralidade”, ou “objetividade” – diante de certas medidas; em outros, uma oposição desconectada dos fatos; e em outros tantos, uma oposição inviável, que é aquela que mesmo sendo pautada em pontos legítimos, podem melhor ser negociados dentro do espectro, por meio de aglutinação de forças e aquilo que os americanos gostam de chamar de “lobby”, que nada mais é do que a defesa organizada de interesses particulares ou coletivos.
À distância, me parece que este jovem movimento que está ainda dando os seus primeiros passos – ora por inexperiência, ora for desorganização – se deixa pautar demasiadamente pelos meios de comunicação, pela comunidade “intelectual”, e, sobretudo, pelos adversários, que na maioria das vezes, vos quer excluídos não apenas da república das letras, como do debate público e do processo democrático.
Penso ser prudente uma certa cautela e uma aprofundada reflexão sobre o velho cui bono? – a quem beneficia? – antes de nos juntarmos ao coro popular de opositores, pensando primordialmente na sobrevivência e sustentabilidade do governo e no que representa o enfraquecimento de Bolsonaro e sua equipe em um momento em que acabamos de evitar o que poderia ter representado a Venezuelização do Brasil.