Paracetamol na gravidez pode causar autismo

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Com informações de Mercola.com

Todos os medicamentos são substâncias potencialmente perigosas, inclusive os remédios de venda livre – que não precisam de receita – não são totalmente seguros. O paracetamol (também vendido sob a marca Tylenol, entre outras) é um exemplo de droga perigosa facilmente encontrada nas prateleiras das farmácias numa ampla variedade de produtos desenvolvidos para tratar dores de cabeça, febre e sintomas de resfriado, além de medicamentos prescritos para dor.

O paracetamol é a principal causa de insuficiência hepática nos Estados Unidos, além de ser responsável anualmente por centenas de tentativas de suicídio, mortes e transplantes de fígado naquele país. Vários estudos também associaram o uso de paracetamol na gravidez à repercussões duradouras para a criança, aumentando o risco de desenvolvimento de distúrbios de conduta, hiperatividade e autismo.

Um estudo de 2014 publicado na revista pediátrica da Associação Médica Americana mostrou que o uso de paracetamol durante a gravidez está associado a um risco 37% maior de diagnóstico de uma forma grave de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) na criança, indicando que a substância, que é um desregulador hormonal conhecido, pode influenciar o desenvolvimento cerebral do feto. Em 2016, outro estudo chegou a descobertas semelhantes.

Neste ano de 2019, um estudo também publicado pela Associação Médica Americana observou que o paracetamol está associado a um risco significativamente maior de TDAH na infância e de transtorno do espectro autista (TEA).

Em análise de biomarcadores plasmáticos do cordão umbilical de 996 mães de Boston (capital do estado americano de Massachusetts), os filhos de mulheres com maior carga de paracetamol no segundo trimestre da gravidez tiveram um risco 226% maior de serem diagnosticados com TDAH e um risco 214% maior de diagnóstico de TEA por volta dos 10 anos.

Aqueles com maior carga de paracetamol no trimestre final da gestação apresentaram um risco 286% maior de TDAH e um risco 362% maior de TEA. Conforme observado pelos autores, suas descobertas “apoiam estudos anteriores sobre a associação entre a exposição pré-natal e perinatal ao paracetamol e o risco ao desenvolvimento neurológico na infância”.

O uso de parecetamol após o nascimento também pode aumentar o risco de autismo, piorando os efeitos colaterais de injeções tóxicas caso seja administrado após a vacinação infantil. Um pequeno estudo preliminar, publicado em 2008, concluiu que “o uso de paracetamol após a vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola foi associado ao transtorno do espectro ao autista”.

Além disso, de acordo com uma pesquisa publicada na revista Lancet em 2009, o paracetamol pode tornar as vacinas menos eficazes quando administrado logo após a vacinação. As vacinas utilizadas neste estudo foram para doença pneumocócica, influenzae tipo B (gripe), difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, poliomielite e rotavírus.

Um estudo de 2017 ainda afirma que “o uso de paracetamol em bebês e crianças pequenas pode estar muito mais fortemente associado ao autismo do que durante a gravidez, talvez por causa de deficiências conhecidas na quebra metabólica de fármacos durante o desenvolvimento inicial”.

De acordo com dados oficiais, nos últimos 50 anos – desde que pediatras foram instruídos a usar paracetamol em vez de AAS (medicamento vendido sob a marca Aspirina, dentre outras) e foram adicionadas vacinas controversas no calendário vacinal infantil – a taxa de autismo nos Estados Unidos cresceu de 1 caso a cada 10.000 habitantes para 1 a cada 36 pessoas.

As mesmas recomendações de saúde são seguidas no Brasil, mas ainda não há estudos ou dados oficiais sobre a prevalência de autismo por aqui. Atendendo à Lei 13.861 sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em julho deste ano, o IBGE coletará dados e informações específicas sobre pessoas com autismo no próximo censo demográfico, que será realizado em 2020.

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